Introdução:
Neste estudo, nos propomos a demonstrar a importância dos dons
espirituais. Segundo alguns expoentes, os dons dividem-se em
ordinários e extraordinários. Na primeira classificação
incluem-se os dons de natureza comum. Na segunda encontramos aqueles
dons de caráter sobrenatural. Esses dons extraordinários são
aqueles nove alistados em I Coríntios 12:8-10; 1) palavra de
sabedoria. 2) palavra do conhecimento, 3) fé, 4) cura, 5) operação
de milagres, 6) profecia, 7) discernimento de espíritos, 8)
variedade de línguas, 9) interpretação de línguas.
I –
DIVERSIDADE DE DONS.
O
Apóstolo Paulo, comentando sobre os dons espirituais, afirmou: “Ora
já diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”. E ele
continua dizendo: “E há diversidade de operações, mas o mesmo
Deus que opera tudo em todos” (I Co. 12:4,6). Esta lista de dons,
seguindo termos funcionais, podem ser divididos em três grupos,
conforme segue abaixo:
1 –
Dons de Revelação. Revelação. Revelar significa: Tirar o
véu,; desvelar; fazer conhecer; divulgar; fazer conhecer
sobrenaturalmente. Incluem a Palavra da ciência, Palavra da
Sabedoria e o Discernimento de espíritos.
2 –
Dons de Poder. Trata-se da virtude do Espírito; concedem poder
para agir sobrenaturalmente. Incluem os Dons de Curar, Operação de
Maravilhas e Fé.
3 –
Dons de Expressão. Expressão, nesse caso, refere-se à
capacidade para falar de maneira sobrenatural. Incluem a Variedade de
Línguas, Interpretação das Línguas e Profecia.
II –
DONS DE REVELAÇÃO
1 -
Palavra da sabedoria (I Co 12.8). Por esta expressão entende-se
pronunciamento ou declaração de sabedoria. Revelação ou expressão
de Deus, análoga à ocasião. Necessidade de conhecer e saber “como”
(Ef. 1:17-19; 3:5; II Pd. 3:15; Tg; 3:17).
2 –
Palavra do conhecimento (I Co 12.8). É um pronunciamento ou
declaração de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em suma é
saber algo que Deus sabe, saber acerca de Deus, ou acerca de outras
pessoas, ou situações, e que vem somente por revelação divina (I
Co. 1:5; II Co. 8:7; Ef. 1:17; Atos 10:19,20; 5:1-5).
3 –
Discernimento de espírito (I Co 12.10). Este dom dá capacidade
à pessoa para distinguir, para julgar se é o Espírito de Deus que
está atuando ou não na vida de uma pessoa. Esse dom capacita o
possuidor para “enxergar” todas as aparências exteriores e
conhecer a verdadeira natureza duma inspiração ou ação (Atos
16:16-18).
III –
DONS DE PODER
1 - Fé
(I Co 12.9). Este Dom é uma dotação especial do poder do
Espírito, Parece vir sobre alguns servos de Deus em tempos de crise
e oportunidades especiais duma maneira tão poderosa, que não deixa
dúvidas de que foi a ação de Deus que se fez presente, Podemos
dizer que é esse tipo de fé que nos dá a palavra da divina
autoridade (Mc. 11:22,23).
2 –
Milagres (I Co 12:10,28). literalmente: Poder de Deus, poder
dinâmico, força divina. Um poder sobrenatural, onde o poder divino
é manifestado fora do comum, extraordinariamente. Outras palavras
são usadas para designar esse dom: maravilhas, sinais, prodígios.
(Atos 5:12-1; 19;11,12; Rm. 15:19).
3 –
Dons de Curar (I Co 12:9,28). Literalmente: Livramento das
doenças, das piores enfermidades, males incuráveis. Dizer que uma
pessoa tenha os dons, significa que são usados por Deus duma maneira
sobrenatural para dar saúde aos enfermos por meio da oração. Não
se deve entender que quem possui esse dom tenha o poder de curar a
todos: deve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e condição
espiritual do enfermo (Mt. 8:16,17; Atos 9:32-35).
IV –
DONS DE EXPRESSÃO – 1 CORÍNTIOS 12:10
1 –
Profecia. Falar claramente, anunciar. A profecia, geralmente
falando, é expressão vocal inspirada pelo Espírito Santo. A
profecia bíblica pode ser mediante revelação da Palavra do Senhor.
Pode também ser extática, uma expressão de inspiração do momento
(Atos 11.27,28; 13:1,2; 21:10,11). Significa também falar numa
linguagem do poder do Espírito Santo. O propósito deste dom é
edificar, exortar, confortar, instruir, consolar (I Co. 14.3,4,31).
As profecias devem ser julgadas (I Co. 14.29) mas não desprezadas (I
Ts. 5.20).
2 –
Línguas. Também conhecida como “variedade de línguas” O
Dom de Línguas é o Poder de falar uma sobrenaturalmente em uma
língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita
inteligível aos ouvintes por meio do Dom igualmente sobrenatural da
interpretação. Seu próposito: para sinais (Mc. 16.17), Para
edificação pessoal (I Co 14.4) Para edificação, no culto público
(I Co 14:12,13, 26-28,39,40).
3 –
Interpretação de línguas. Explicar, tonar conhecido o sentido
da língua ou a sua significação. O propósito do dom de
interpretação é tornar inteligíveis as expressões do êxtase
inspiradas pelo Espírito Santo que se pronunciaram em uma língua
desconhecida da grada maioria presente. Repetindo-se claramente na
língua comum ao povo congregado (I Co. 14:5).
V –
O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS
1 –
Para “um fim proveitoso” (I Co. 12:7), Para unificar o Corpo
– os membros da igreja (I Co. 12.11-26). Para edificar a
congregação (I Co. 14:12,26). Para julgar (I co. 12:25).
2 –
Edificação (I Co. 14:12,13). O propósito dos dons é a
edificação da igreja para encorajar os crentes e converter os
descrentes (Atos 1:8).
3 –
Para que o mundo veja os sinais (Mc. 16:15-18; Hb. 2:4). Para
manifestar a glória de Jesus (Jo. 2:11). Para confirmar a Escritura
e aumentar a fé (Jo. 2:22,23). Para convencer e converter (I Co.
14:24,25). Para testificar de Jesus (Jo. 10:25). Para a Glória de
Deus (Mt. 9:8). Para confirmação de Jesus como o Messias (Mt.
11:2-6). Para mostrar a natureza compassiva de Jesus (Mt. 14:14).
VI –
A MANEIRA CORRETA DO USO DOS DONS ESPIRITUAIS
Conforme
o apóstolo Paulo, ou os dons são usados com amor, ou serão
ineficazes para a Igreja (I Co. 13.1-13). O capítulo 14 de I
Coríntios expõe os seguintes princípios para esse desempenho
espiritual:
1 –
Valor proporcional (vs. 5-10). Os coríntios haviam-se inclinado
demasiadamente para o Dom de Línguas, certamente por causa da sua
natureza espetacular. Paulo lembra-lhes que a interpretação e a
profecia eram necessárias para que o povo pudesse ter conhecimento
inteligente do que se estava dizendo.
2 –
Sabedoria (v. 20). Paulo diz: “Irmãos, não sejais meninos no
entendimento”. E, outras palavras: “Usai o senso comum. Não
sejais como crianças em vossa capacidade intelectual.”
3 –
Autodomínio (v. 32). Aquele que possui o dom de línguas e
profecia pode dominar sua expansão e falar unicamente a Deus,
quanto tal domínio seja necessário.
4 –
Suscetível de ensino (vs. 36,37). Infere-se desses versos que
alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica
construtiva de seus dirigentes.
5 –
Ordem (v. 40). O Espírito Santo não inspirará aquilo que seja
desordenado e vergonhoso. Quando o Espírito Santo está operando, há
uma comoção e harmonia, de tal forma que todos que participam são
edificados.
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